Caros leitores, veja essa materia publicada no Estadão no dia 29/03/2012.
Militares da reserva são cercados por
manifestantes na Cinelândia, no Rio
"Foto Enviado por um amigo"
RIO - Dezenas de militares da reserva que assistiram ao debate
'1964 - A Verdade' ficaram sitiados no prédio do Clube Militar, na Cinelândia,
no centro do Rio, na tarde desta quinta-feira, 29. O prédio foi cercado por
manifestantes que impediram o trânsito pelas duas entradas do imóvel.
O evento marcou o aniversário do golpe militar de 1964 e reuniu
militares contrários à Comissão da Verdade. Ao fim do evento, eles tentaram
sair, mas foram impedidos por militantes do PC do B, do PT, do PDT e de outros movimentos
organizados que protestavam contra o evento.
'Tortura, assassinato, não esquecemos 64', gritavam os
manifestantes. 'Milico, covarde, queremos a verdade', diziam outros. Velas
foram acesas na frente da entrada lateral do centenário do Clube Militar, na
Avenida Rio Branco, representando mortos e desaparecidos durante a ditadura
militar. Homens que saíam do prédio foram hostilizados com gritos de
'assassino'. Tinta vermelha e ovos foram jogados na calçada, sem atingir
ninguém.
Homens do Batalhão de Choque foram ao local e lançaram spray de
pimenta e bombas de efeito moral contra o grupo, que revidou com ovos. Um dos
manifestantes foi imobilizado por policiais e liberado em seguida após ser
atingido supostamente por uma pistola de choque, e outro foi detido e algemado.
Os militares foram inicialmente orientados a sair em pequenos
grupos por uma porta lateral, na rua Santa Luzia, mas tiveram que recuar por
conta do forte cheiro de gás de pimenta que tomou o térreo do clube. A Polícia
Militar tentou conter os manifestantes e chegou a liberar a saída de algumas
pessoas pela porta principal, mas por medida de segurança voltou a impedir a
saída.
Um grupo que saiu sob proteção do Batalhão de Choque da Polícia
Militar foi alvo de xingamentos. Os manifestantes chamaram os militares de
'assassinos' e 'porcos'. Mais tarde, a saída dos militares da reserva foi
liberada por meio de um corredor aberto por PMs entre o prédio e a entrada da
estação Cinelândia do metrô, a poucos metros do Clube Militar.
Por volta das 18 horas, saiu do prédio o general Nilton
Cerqueira, ex-secretário de Segurança do Rio, que comandou a operação que
culminou na morte do ex-capitão Carlos Lamarca, que aderiu à luta armada e foi
morto no interior da Bahia em 1971.
Às 18h20, o ambiente continuava tenso, com manifestantes
cercando as duas saídas, e um dos militares foi empurrado. O trânsito na Rua
Santa Luzia entre a México e a Avenida Rio Branco foi interrompido e há
engarrafamento na Rio Branco.
Joosesan - Voltando ao assunto.
Uma parcela do governo e alguns grupos da sociedade que pregam a
democracia, continua desencavando defunto. Defunto este que a maioria da
sociedade após analisar os prós e contra do regime militar, achou melhor
sepultar numa cova bem funda e tampou com uma pedra bem grande, as atrocidades
acometidas por ambos os lados, os quais regime e contra regime através de seus
representantes (Governo, parlamentares, juízes e sociedade organizada), selaram
um acordo de não agregação em prol de um Brasil mais Democrático. A lei da
Anistia assim como a decisão do Supremo Federal faz parte desse acordo.
Mais vira e mexe, aparecem interlocutores defendendo aqueles
revolucionários, que pregavam o comunismo no Brasil, e desapareceram no meio
dos confrontos armados.
Hoje aqueles inconformados e mais um punhado de incautos
brasileiros, se juntam levantando bandeira de ordem usando a democracia, para
se projetarem e pedirem punição aos suposto envolvidos, mais, esquecem que na
realidade todos contribuíram e fizeram parte daquele período conturbado do
Brasil.
Tomara que a sociedade sã continue vigilante e
não se deixe contaminar, pela doença do passado.