quarta-feira, 21 de novembro de 2012

GERAÇÃO NEM NEM - NEGROS E PARDOS


Por Joosesan.

O tema abordado aqui se refere à reportagem abaixo do Estadão do dia 20/11/2012, onde publica uma pesquisa sobre a Geração Nem Nem, a qual eu prefiro chamar de Geração Semi-zumbi, ou seja, o corpo vivo mais inteligência morta..


Essa geração na sua maior parte não estuda e nem trabalha, mais são eloquentes pelos bens de consumo em algumas das vezes, praticam delitos para obter bens além de sua posse.  
Neste contexto, como informa a pesquisa, são incluídos os negros, índios e pardos, por ser na sua maior totalidades, mais não exclui uma vasta gama de brancos, que se enquadram nesta Geração.
Um dos fatores que contribui para essa crescente geração é o próprio modelo de educação aplicado no Brasil, onde o ensino fundamental e médio, não consegue fazer com que esta geração Zumbi consiga vislumbrar uma melhor situação para a sua vida social, pois a economia influente nesta geração é a mesma que influencia a geração mais intelectualizada, onde são massificadas de informações de consumo, indicando que todos podem independentes de posse, mais que na realidade é pura manobra de indução.
Essa indução faz com que esta geração de homens e mulheres avancem para a marginalidade, para suprir de qualquer forma suas necessidades.
Essa indução de querer ter sem posse, para as mulheres, encaminha para a prostituição uso e tráfico de drogas. Já os homens avançam para a vida de drogas, roubos e outras formas de delitos.
Não é criando cotas raciais que o governo irá solucionar os problemas dos Nem Nem ou Zumbis, mais sim melhorando as escolas e a forma de educação do Brasil, ou seja, é dando boas condições para os estudantes e incentivando os mesmos a estudar que é a melhor maneira para o desenvolvimento pessoal. Desta forma esta geração zumbi, deixará o ostracismo em que se encontra, e passará para o desejo indutivo de consumo responsabilizado e consciente.

Então o governo brasileiro, não precisará usar deste pretexto para dividir gerações em cotas, pois esta divisão não fortalece em nada a população e sim cria uma subdivisão de conhecimentos na sociedade brasileira.      


Mulheres negras são maioria entre jovens que não trabalham nem estudam

Elas somam 2,2 milhões, ou seja, 41,5% desse grupo, diz pesquisador da Uerj

Caso queira ler esta matéria  na integra, acesse o Estadão dia 20/11/2012

Agência Brasil
Mulheres pretas, pardas e indígenas são a maioria entre os 5,3 milhões de jovens de 18 a 25 anos que não trabalham nem estudam no País, a chamada “geração nem nem”. Cruzamento de dados inédito feito pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), a pedido da Agência Brasil, revela que elas somam 2,2 milhões, ou seja, 41,5% desse grupo. Do total de jovens brasileiros nessa faixa etária (27,3 milhões), as negras e indígenas representam 8% - enquanto as brancas na mesma situação chegam a 5% (1,3 milhão).
A gravidez na adolescência também levou Lucineide Apolinário a abandonar os estudos. Aos 25 anos, a moradora da Estrutural está grávida do quarto filho e, sem ter com quem deixar as crianças, desistiu de trabalhar. O atual marido, que é pai apenas do bebê que ainda vai nascer, é ajudante de obras e, mesmo sem ter emprego fixo, assume sozinho as despesas da casa. O primeiro marido morreu há cerca de dois anos. A jovem cursou até a 7.º ano do ensino fundamental e lamenta o casamento e a gravidez precoces.
“Parei de estudar por causa das crianças. Casei aos 15 anos, arrumei filho muito cedo e veio um atrás do outro. Estava apaixonada, era ilusão de adolescente. O problema é que sobra muito para a mulher. A gente tem de se dividir em mil para dar conta dos filhos e da casa e não consegue pensar na gente”, diz.
Enquanto se prepara para dar à luz a mais um menino nos próximos dias, Lucineide diz que sonha em retomar os estudos “algum dia”. Ela espera que os filhos tenham uma história diferente da sua.
“Ainda vai demorar um pouco, mas algum dia eu volto a estudar. Para conseguir um emprego melhor tem que estar pelo menos no 1.º ano (do ensino médio) e eu quero voltar a trabalhar para poder dar um futuro melhor para os meus filhos, uma história bem diferente da minha”, diz.
Além da gravidez, outro fator de peso para o abandono da escola, segundo o pesquisador da Uerj, é a falta de perspectiva de vida de jovens pretos, pardos e indígenas, maioria nas escolas públicas, em geral, de menor qualidade. Ele acredita que o estímulo à educação é fundamental para mudar a realidade desse grupo.
“Uma coisa perversa no sistema educacional do Brasil é o fato de pessoas deixarem a escola porque não têm a perspectiva de chegar ao ensino superior”, diz. “As ações afirmativas são importantes por isso. Têm o efeito de alimentar aspirações de pessoas que viam a universidade como uma barreira, mas que vão se sentir estimuladas a permanecer no ensino”, destaca.
Ao analisar os dados do levantamento, a professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Rosângela Araújo diz que é preciso entender o que está por trás do comportamento das meninas. “Não é falta de informação. Tenho certeza de que a maioria conhece um preservativo. Mas tem uma questão da mudança de status, de menina para mulher. Elas podem não ver (o abandono escolar) como um passo atrás, mas no futuro, pode pesar.”

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